segunda-feira, 9 de maio de 2011

estrangeiro

me sinto como Camus
o mais estrangeiro
minha pessoa, Fernando
mais niilista e Álvaro de Campos
andando de sunga na neve
e cachecol nos jardins à beira do mar
em minha cidade, sinto felicidade bucólica
ao andar descanso no asfalto
pisar com chinelos na areia
vejo os bondes
os vejo em preto e branco
cosmopolita mesmo é a vontade
da vontade do mundo
das coisas construídas pela natureza
desfeitas pelo homem
das coisas feitas pelo homem
e destruída por tantos culpados sem nome