eu vi o meu filho nascer
o meu filho lindo
percebi o quanto a vida é grande
mesmo para alguém tão pequenino
vi o tempo congelar
quando o Theo estava ao colo da mãe
ele a chorar na sua melodia
os papais sentados na primeira fila
um elo se fez
numa promessa silenciosa
tive a certeza de ser eterna
e abençoada
entendi porque o amor é maior do que a dor
e porque o "eu" transforma-se em insignificante
perante ao que chega
para a vida inteira
"Transformação incessante e permanente pela qual as coisas se constroem e se dissolvem noutras coisas; vir a ser".
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
saltitante
emoções saltam na pipoqueira
um filme guardado na memória
aquela música a qual nunca soube o nome
dentro do barco a remo
ligar o motor de popa
apontar para lá
rezar
a esmo navegar
tenho o total controle da vida
tenho o controle remoro da TV nas mãos
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
rumos
é tempo de ficar de alma lavada
mesmo quando estamos apenas com os pés molhados
(sabe aquela sensação de limpeza quando lavamos os pés?
você até dormiria assim, não é mesmo?)
é tempo de contar o dinheiro
e andar de cabeça para baixo, atento, para achar moedas perdidas
torcer para encontrar uma cédula num dos bolsos de qualquer bermuda
porque o mês está apertado e a nos apertar
é hora de saber que palavras desafogam uma pessoa
e causam um trânsito na família por alguém perder o senso de direção
o momento é desligar os motores e ir trabalhar com a bicicleta
mesmo com o calor, preciso desligar o ventilador que sopra em minha cara
ir para a rua e sentir o vento a secar a pele molhada de suor
sentir a camiseta molhada gelar
a simplicidade de um pão e a complexidade do sabor
o silêncio de um bebê que nos diz tanto
rugas dos velhos marcados pelo sofrimento
solidão de quem tem centenas de amigos
pensar
pesar
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
defenestro as ideias
quero defenestrar as ideias
deixar a mente em queda livre
sem prender os pés na janela
após o salto
abrir as asas
flutuar com a mente aberta
observar lá de cima
enxergar o abstrato da vida
o substrato que a deixa alegre
a monocromia colorida
suspirar se ainda tiver algum tempo
para aproveitar o momento
sem deixar a vida passar
deixar a mente em queda livre
sem prender os pés na janela
após o salto
abrir as asas
flutuar com a mente aberta
observar lá de cima
enxergar o abstrato da vida
o substrato que a deixa alegre
a monocromia colorida
suspirar se ainda tiver algum tempo
para aproveitar o momento
sem deixar a vida passar
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