estou cansado
farto
meu corpo
minha alma
doem
meus braços e ombros
pesam
as pernas dobram
o peito não aguenta
Deus,
por que tudo é assim?
tenho a cabeça confusa
a martelar nós
a apertar pregos
a atar parafusos
é altura do descanso
que descanso?
isso é piada
de gosto nenhum
preciso de mim
inteiro
verdadeiro
livre do mau
longe do ruim
pulsa uma vida
outras esvaem
é a relação do outono
com as folhas que caem
limparam a mesa
onde eu estava
a sujar com palavras
pela mente ditadas
"Transformação incessante e permanente pela qual as coisas se constroem e se dissolvem noutras coisas; vir a ser".
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
terra estrangeira
meu coração
bate desorientado
desmundo
desnudo
o que fazer?
ver o mar
ir às montanhas
voar
a consciência por aqui
cobra ainda mais o existir
o que ter
quem ser
tudo o que se preza
numa reza
numa perda
num ganho
por enquanto
engano
engano
desaponto
nego
nego
estou assim
é assim
coisas e causos
numa terra sem fim
numa terra sem fim
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
misantropo
não me vejo noutro
noutro canto há outro
só aperto as minhas mãos
pela aversão
quando as lavo
pareço sentir-me longe
daqueles com os quais
talvez entender-me-ia mais
noutro canto há outro
só aperto as minhas mãos
pela aversão
quando as lavo
pareço sentir-me longe
daqueles com os quais
talvez entender-me-ia mais
terça-feira, 2 de setembro de 2014
compromisso
vamos embora
a vida livre é relógio sem ponteiros
não tem hora
é barriga depois do almoço
não tem fome
é sede depois de esvaziar a garrafa
anda
deixa essa segunda
porque a primeira começa agora
a vida livre é relógio sem ponteiros
não tem hora
é barriga depois do almoço
não tem fome
é sede depois de esvaziar a garrafa
anda
deixa essa segunda
porque a primeira começa agora
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