terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

passadas

passo
a
passo
a
passear
a

vai
um
e
não
volta

o
que
ficara
também
vai

não
fica
para
trás

cordel

se lanço palavras ao vento
sem compromisso ou constrangimento
prepare um varal com centenas de pregadores

vento e vela

esse
vai
e
vem
dos mares
tardia em mim calmaria

largo o leme
deixo os pensamentos soltos
com a proa livre
enquanto durmo
viajo pelo tempo
nos devaneios
creio
nada deva existir
linha tempo-espaço
um espaço de tempo leva muito tempo para calcular
o vento sopra
apaga
empurra
a vela
barco sempre a navegar

bem-me-quer

ali. logo ali estão as pétalas "bem-me-quer" secas, num vaso sem terra, sem água, à beira da janela. representam primaveras de outrora. mesmo mortas, avivam o espírito e lembranças. Espero as estações passarem, como passam os trens - acelerados - para perguntar: - "bem-me-quer ou mal-me-quer"? as respostas, somente o vaso as conhece.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

vinte e oito

inspirar para respirar a vida. hoje sinto-me como tardes frias e chuvosas. feito água a escorrer pela janela. lágrimas têm gosto de Atlântico. sinto-me honrado pelos corações que batem ao ritmo do meu. os joelhos doem, mas o sorriso é sinal de saúde. em plenitude. as mágoas adolescentes não impedem o adulto. este adulto tenta perdoá-las. quando a chuva para, a luz corta o vidro e beija-me a face. faça-se a contagem. qual é mesmo o resultado?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

momento

por agora
com aquela canção na cabeça
a tocar-me o coração
não que não deseje nada
não que eu tenha às sobras
por agora
a cantar
e sentir-me satisfeito

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

felicidade à tua porta

inspire e espere, amigo, a felicidade há de bater. fique atento. porém, aconselho-te: por via das dúvidas, deixe a porta da tua casa aberta. às vezes ela invade, chega sem avisar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

berço

ideias recorrentes
perdem-se à calma
acalmo em complacências
avesso da vontade
alardo-me
sufoco-me
irrealidade sadia
um berço

em movimentos indecisos
a cria segue ao ninho
palavra após palavra
liberta a alma
e dorme