"Transformação incessante e permanente pela qual as coisas se constroem e se dissolvem noutras coisas; vir a ser".
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
tempo perdido
perdoai-me, ó vida
se te deixei despercebida
a culpa foi toda minha
estava a dormir quando não devia
os teus encantos ignorei
com os olhos tapados
enxerguei apenas o que queria
não sinto falta do não-visto
haja visto toda a tua beleza
mas cabe a mim um pedido de desculpas
para amenizar a tristeza
à deriva de mim
solto ao mar
não espero solidão
muito menos companhia
desejo encontrar
quem eu mais ignoro
cotidiano
alguns instantes
quando não absorto
ou finjo morto
um pássaro voa à frente
flores vermelhas desbotam
um beijo
mãos dadas
nuvens diluem-se
em cima de tudo e todos
à noite desligo-me
ao ligar a TV
contra o tempo
percebo o dia
quando avisto a imensidão do Sol poente
e a noite a chegar
amanhã não se perderá um segundo
juro
porque não sei quando tudo terminará
da vida
árvore da vida
dê-me os teus frutos
para eu plantar a semente
(entendo melhor)
depois do choro
o ciclo seguir-se-a em frente
domingo, 6 de maio de 2012
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