quinta-feira, 6 de agosto de 2009

poeta

Com caneta empunhada, deslizo a ponta sobre a folha amarelada. A tinta preta grava os sentimentos, o enxergar a vida. Encanto homens e mulheres desvendando a simplicidade escondida. Na natureza e no humano, pinço beleza. No concreto, reto, tiro silhueta. No cair das folhas, escrevo narrativas homéricas. Sinto o gole da cachaça do bêbado. O perfume das flores na calçada. A forma das nuvens. Gotas da chuva e terra molhada. A dança das folhas. Pés descalços na lama. Cores. Amores. Dores. O suor do trabalhador. A sede e a fome. Congelo tempo e espaço para permanecê-los eternos. Sei sonhar. Construo a minha realidade. Faço meu tempo. Sou poeta.

Nenhum comentário: