quarta-feira, 4 de agosto de 2010

aspirina ou whisky

a vida se dilui, dissolve como aspirina na água. efervescente. sinto arrepios quando a felicidade se torna algo palpável. meu cotidiano é algo bom. "a solidão é permanente". as condições e os homens não são. sinceramente, penso no diminuto da vida como algo devastador e ao mesmo tempo grandioso. das pequenas coisas, vemos o velho escondido. do velho se renasce. reinventa-se. se nos tornarmos cada vez mais vanguardistas, o que será do nosso presente? a festa do futuro morto? o passado revive em todos os cantos. os adolescentes nasceram nos começo dos 90 e estão nos 80. nem passado, nem futuro. o agora é uma roda que gira e seu ponto de parada é um só lugar. as bolhas eclodem. tudo isso me provoca essa dor de cabeça. Bukowski não pensaria assim. Estaria com a garrafa de whisky vazia na mesa e outra cheia na mão. Não esperando o dissolver da vida.

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