quarta-feira, 9 de setembro de 2009

bênção artificial

Nuvens carregadas despejam água para lavar o meu rosto. Limpar a atmosfera. Tirar a sujeira das ruas. Não entendo o recado. O guarda-chuva permanece aberto. Me protejo no abrigo do ponto de ônibus. Não quero me molhar. Não dessa forma, vestido. Chego em casa. Entro no box. Debaixo do chuveiro, fecho os olhos e sinto a chuva artificial banhar-me da cabeça aos pés. Recebi a bênção morna. Estou renovado. Nada como uma ducha depois de um dia atribulado. Nada como negar o natural e controlar a sua vida.

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