segunda-feira, 14 de setembro de 2009

questões

O mundo parecia meio nebuloso nesta manhã. Acordei com dor de cabeça e sentia uma leve impressão de não saber o que fazer. Então, fiquei deitado por mais tempo que o habitual. Estou de folga do trabalho. A vida, hoje, deveria ter algum sentido diferente. Essa impressão. Não sei ao certo. Tentei entender o que estava acontecendo. A incerteza sobre o que é a vida permanece viva como a nossa pele, por exemplo. Aos poucos, vai perdendo a elasticidade mas permanece ali; cumprindo o seu papel. Se alguém com mais de noventa anos me disser que viver não vale a pena, sentirei uma breve desilusão por essa pessoa. Não quero chegar assim, perdido ou frustrado. Quero chegar bem. Estar lá, no futuro, com muitas dúvidas e questões sem respostas. Nem toda a certeza do mundo acoberta as incertezas. Nem toda garantia é garantia de dar certo. Agora, isso me vem quando os olhos daquela menina estão próximos. Seus olhos escondem a carga de um amor que a machucou. Que ainda machuca. Uma ferida que faz perder o gosto do sorvete. Dor incessante. Não quero isso para ela. Não merece a desilusão. A cobrança. A culpa que não a pertence. Todo ser humano nasceu para brilhar, disse Veloso. Ela também vai brilhar. Para mim, brilha intensamente. Traço paralelos. Trago para mim. Receio fracassar como filho, marido, irmão e amigo. Fracasssar como ser humano. Mas sigo em frente. Mesmo quando as manhãs nascerem como hoje. Lutar pelo que quero. Pensar nas pessoas boas que conheço. Humanos importantes para o bem-estar da natureza humana. E tentar mostrar para eles que todos temos nossos tempos ou dias cinzentos. O colorido existe. A vida está aí, no dia-a-dia.

Nenhum comentário: